Tudo foi dito, meu amor, nesse compasso.
E no desconcertante, exílio do silêncio,
ergui um espaço escasso, onde repouso,
confessada, e em suspenso.
No encontro dos meus pés com o caminho sempre me debato,
rebate etéreo e febril, com o teu tacto.
E é ausência de mim isto que sinto, no contacto
sem dizer.
Queria tanto que me arrependesses.
Que me trouxesses tempestades aos olhos,
e devolvesses os sismos ao meu chão.
E pudesse o amor revirar as entranhas.
Queria arrancar-te a vida num só beijo e
devolver-ta, maculada nos meus fogos e paixões.
Guardo em mim uma vida que transborda,
leal, nos meus lamentos.
E queria que me arrancasses os tormentos,
dessa vida, que em silêncio te ofereci.
E pudesse o amor amar mais, na despedida
amar-te-ia mais uma vida, um pouco mais
só para te ver partir...
A ti
Que agora foges do silêncio que te frustra,
Que me prometeste dar à vida infernos e vulcões.
A mim, que nada mais criei que as ilusões
Arromba-me a porta, derruba-me os muros
devolve-me os vulcões
Ouves-me?
Faz da minha quietude um vício e a tua rota
e quando, em rendição te vir, cansado, regressar,
nos passos, que em contramão já percorreste,
Peço-te
Vamos dançar o tango. Esquecer a luta,
que inevitavelmente, perscruta
todas as danças que a vida tem...
segunda-feira, julho 28, 2014
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