"Não é o que você não faz
Não é o que você não diz
é o fato de não ver nos seus olhos
(...)"
Andreia Horta; Humana Flor (a inspiração continua)
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É o que pensas que omites e me foge.
O querer esmiuçar ao limite da loucura,
os rodeios onde a dúvida embarga.
Querer encontrar-te. O perder-te,
nas muralhas das palavras que contróis e
esfarelam o meu peito de papel.
Escapas-me.
No escrúpulo que suspendes e se atalha.
No eco da mentira que declamas.
Vê-la crescer, farta, pública, manifesta.
A alma baralha e apodrece.
Olhar-te nos olhos.
Onde talhas a mentira que te veste.
Insistes.
Porque não és tudo o que dizes.
(Des)iludes
Abres-me uma cova no peito.
O coração cresce, amolgado,
de encontro ao peito. Enche de dor.
A lágrima ferve, a pele escalda,
apertada, cruel.
Cai-me na alma, desbotando-me o papel.
O peito abre. O coração perfura.
O sangue inunda.
Extingue o cheiro decomposto da mentira.
A esperança expira.
A lágrima cai, uma após outra.
E o que importa?
Não me anulo nas muralhas que erigiste.
Não sou mais uma borra tua.
Tu és apenas as palavras que mentiste,
escritas no papel, que empalidece.
Não finjas a verdade que te burla!
Mata em ti esse logro que jugula.
Dizer de cor, não fala.
Um dia, a alma ressente, e conquanto tente
a garganta cala, a boca desmente,
o anúncio burlado que ainda consente.
O querer esmiuçar ao limite da loucura,
os rodeios onde a dúvida embarga.
Querer encontrar-te. O perder-te,
nas muralhas das palavras que contróis e
esfarelam o meu peito de papel.
Escapas-me.
No escrúpulo que suspendes e se atalha.
No eco da mentira que declamas.
Vê-la crescer, farta, pública, manifesta.
A alma baralha e apodrece.
Olhar-te nos olhos.
Onde talhas a mentira que te veste.
Insistes.
Porque não és tudo o que dizes.
(Des)iludes
Abres-me uma cova no peito.
O coração cresce, amolgado,
de encontro ao peito. Enche de dor.
A lágrima ferve, a pele escalda,
apertada, cruel.
Cai-me na alma, desbotando-me o papel.
O peito abre. O coração perfura.
O sangue inunda.
Extingue o cheiro decomposto da mentira.
A esperança expira.
A lágrima cai, uma após outra.
E o que importa?
Não me anulo nas muralhas que erigiste.
Não sou mais uma borra tua.
Tu és apenas as palavras que mentiste,
escritas no papel, que empalidece.
Não finjas a verdade que te burla!
Mata em ti esse logro que jugula.
Dizer de cor, não fala.
Um dia, a alma ressente, e conquanto tente
a garganta cala, a boca desmente,
o anúncio burlado que ainda consente.
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