“A flor morreu
O ciclo acabou amor
(…)
Inchei de dor
(…)
Arrebentei, arrebentada
A dor é de vidro
(…)
essa repulsa me corta
Mas não há de ser nada
Não há saudade!
A flor morreu
(…) coitada
Despedaçada.”
O ciclo acabou amor
(…)
Inchei de dor
(…)
Arrebentei, arrebentada
A dor é de vidro
(…)
essa repulsa me corta
Mas não há de ser nada
Não há saudade!
A flor morreu
(…) coitada
Despedaçada.”
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Vou (…) fazer poesia
E amar. (…)
E só então quando finalmente meu coração
Aprender a bater devagar
Eu possa começar
A morrer.”
E amar. (…)
E só então quando finalmente meu coração
Aprender a bater devagar
Eu possa começar
A morrer.”
"Humana For"; Andreia Horta
É isso! E este é o meu grito.
Desejei, busquei, esperei, cansei, torturei-me e torturei.
Hoje, só cansei.
Não sou quem vive em ti.
Eu não vivo em mim!
Despedi-me de mim. E para onde vim?
Hoje, sei que não se pode viver dos sonhos.
Hoje, só cansei.
Não sou quem vive em ti.
Eu não vivo em mim!
Despedi-me de mim. E para onde vim?
Hoje, sei que não se pode viver dos sonhos.
Mas que neles se embebem todos os olhos, para avançar.
Quero parar.
Por um segundo, apenas um segundo,
Quero parar.
Por um segundo, apenas um segundo,
Com cuidado despedaçar tudo o que idealizo.
E sentir no penetrante toque do vidro que pisar,
todas as dores a abrandar
os pesos compassivos, estilhaçados pelo chão.
A minha dor não é vidro.
Tantas vezes a atirei para o chão e a pisei.
A minha dor não é vidro.
Tantas vezes a atirei para o chão e a pisei.
E ali permanecia, intacta,
cravando-me desdenhosa, as unhas, bem fundo no coração.
Dói-me, apertado, esse coração que ainda sangra.
Dói-me, apertado, esse coração que ainda sangra.
Bate maquinal e apressado, em busca, iludido com regeneração.
E não sei falar de mim.
Dá-me a mão…
A dor embebe-se profunda, retalhando-me o pulmão.
Demora-se, estacionada,
E não sei falar de mim.
Dá-me a mão…
A dor embebe-se profunda, retalhando-me o pulmão.
Demora-se, estacionada,
bebe-me a alma,
arrepela-me o sangue,
entranha-se na pele, deslizando nela, como cetim.
Eu bem disse que não te prometia.
(… Não podes amparar-me o peso de todos os soluços tristes
que guardo em mim...)
Eu bem disse que não te prometia.
(… Não podes amparar-me o peso de todos os soluços tristes
que guardo em mim...)
E que não sabia o que falar de mim…
E gosto de viver assim.
E é só isso...
Recorto as memórias como a um xaile de lamentos,
Coloco-o sob os ombros e acalento a solidão …
A alma definha, moída e morta.
Digo-me adeus...
E gosto de viver assim.
E é só isso...
Recorto as memórias como a um xaile de lamentos,
Coloco-o sob os ombros e acalento a solidão …
A alma definha, moída e morta.
Digo-me adeus...
Quando saíres, por favor, fecha-me a porta.
Morrer sem vida, não me doi nada.
1 comentário:
Como disse uma alma sábia: "Podes parar. Para descansar. Não faz mal. Desde que seja para respirar, não para estagnar".
Já sabes com que cara estou, não sabes?... Pois.
Não fossemos nõs "amesma pessoa"... ficava surpreendida... porque estas palavras, fazem-me lembrar as primeiras que escrevi neste mundo.
Então... que chores, que destruas, que sangres, que doas, que CRESCAS!
Porque sim... é mais que um ano, é mais que tempo e cumplicidade. É uma vida! A nossa, mesmo que noutros moldes, diferentes dos sonhos cristalinos que já calentamos um dia.
Estou aqui. Deste lado. Desse. Cá fora e aí dentro.
E és vida. És! A minha e a de alguns outros que já não sabem respirar sem ti.
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