Adeus, apertado sufoco deste eterno coração.
Escrevo-te outra história. E nos traços do que escrevo, dou-te novas linhas. Retiro-te da reclusão.
Rematei-te com as formas que me deste. Inacabado, mutilado, imperfeito. Livrei-te de mim, da minha infecciosa lentidão.
Fiz-te em linhas férreas, para que domines os cursos do meu sangue. Porque os ecos dos meus gritos não te alcançam. Dou-te um propósito. Outra intenção.
Porque a solidão é uma moléstia que gangrena. E a inércia, uma consentida solidão. A independência é a nova história que te cedo.
Fomos uma só cadência. Trinaste os compassos neste peito. Bateste com ânsias, com sede de muito, em sofreguidão.
Adeus, velho coração. Completo a narração.
Quero saber-te sepultado noutro peito, imerso noutra mão. Fora de mim, possas bater, mais devagar.
quarta-feira, julho 06, 2011
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