Anuncio-me!
Num sorriso, nos passos que me precedem, nas palavras que me vestem.
Anuncio-me!
com a doçura de um beijo.
Com um olhar cor de mel que mantenho e cujos traços redefino, a cada dia, a cada batida do coração.
Anuncio-me!
nua, despida, completa, a mim, à minha voz.
Anuncio-me!
Com os gestos que me definem, anuncio a minha alma, o meu corpo, o sangue que me brota das veias e que o coração bombeia.
Anuncio-me!
E o anúncio forma os meus contornos, o meu viver!
Esse anúncio que cria a o espaço, vago, entre a espera e a revelação do ser.
Anuncio-me!
E os meus lábios traem-me....
não sou quem anuncio ser...
e na evidêndia da traição, grito o meu nome bem alto.
Pode ser que nas reverberações me reconheçam....
e que os erros da presença se diluam em mim...nos ecos das letras que grito.
Denuncio-me!
e na denuncia transparente, serena, sinto-me mais eu...mais plena.
O coração bombeia o sangue que me corre nas veias...
Denuncio-me...
e as palavras caem-me...
grito:
Annunciata, ata... ata
Me annuncio, io... io
O anúncio morre nas ondas do meu grito.
E por tudo aquilo em que acredito
O coração ainda bate...
Annunciata
me annuncio io... io
segunda-feira, maio 30, 2005
sábado, maio 28, 2005
Por aí
Quem és tu?
Eu posso ser um pássaro, uma folha, uma flor...e tu? por que ruas te passeias e a quem olhas nos olhos, quando estás triste?
Eu posso andar por becos, perdida em alamedas, mas sou eu que por aí ando, nesse mundo obscuro, nessas malhas em que me enredas.
Tu...quem serás?
Falas demais, e acusas-me de dizer demasiado....mas há pouco que me sirva de lição...quando quero entender o teu coração.
Como serás tu? com quem te pareces?
Podes ser filho de pais, de uma doença, da própria vida....mas nada te carrega ao colo...e tornas-te triste e irrelevante...
Eu posso ser filha da luz, do destino, ou da mesma vida que te fez criança...mas sei quem me carrega nos braços e quem me enche desta bem aventurança.
E então, quem são teus pais? Serão os medos, os desgostos, as inseguranças?
Porquê que dizes que me adoras, se, na tua raiva, me devoras e me queres tão mal?
Não te quero desiludir enquanto caminhas com a tua habitual pressa...mas também não ficava bem se não o dissesse....
Se não sabes que não gosto de pêssego e que prefiro o acre do alperce....desaparece....
Não tens nada de meu, não tens que estar na minha vida...
Eu levanto-me do chão e de cabeça erguida, percorro a minha viela até encontrar a avenida que me salvará da solidão.
Talvez um dia te veja por aí...a ti e a todos como tu....
E enquanto as palavras começam a fazer sentido e a juntar-se num papel, percebo que não é complicado seguir em frente e fazer-me igual a toda a gente.
Matas-te! Dizes-me quando digo que não me apetece ser diferente.
Tu já és diferente...
Enganas-te, ser deprimente.
Sou igual a todos, simples sincera, natural.
E não sei quem de nós dois vai ser o primeiro a ceder...no entanto não será dificil perceber que, no meu estado de espirito, não quero abdicar de mais nada...não te quero entender.
E eu sem ti posso ser tanta coisa...um pássaro, uma folha...uma flor.
E tu, vai-te embora de uma vez e leva contigo a dor.
Já não conheço as ruas escuras em que nos encontrámos, já não conheço o teu sorriso, parece-me um disfarce...
E se algum dia a saudade me atacar...é só ouvir o coração e esperar que passe.
Não penses que te quero mal. E se a tua consciência alguma vez te fizer pensar...lembra-te que sempre podes acender uma luz para te iluminar.
Entre nós dois há um abismo de gerações, de convivios, de emoções...querer ser diferente como tu, era entrar na minha nova estrada em contra mão. E, por acaso, haverá na tua estrada algum pássaro, alguma folha, alguma flor?
Sei que me vai custar não ter a tua imagem na minha linha do horizonte...mas ás vezes é melhor um planato do que precipitar-me sobre um monte.
Tu és o monte... eu quero a segurança. No entanto, enquanto tu existires haverá sempre esperança...que um dia te lembres de voltar.
Mas por enquanto, sinto muito, mas para além dos abismos que nos separam, não há nenhum vão para nos juntar....caminhamos em pistas opostas...
Mas se um dia me quiseres procurar, e encontrares uma desculpa para voltar, lembra-te que estou numa auto-estrada e para trás não posso andar...temos que caminhar a par.
Talvez um dia te veja por aí...a ti e a todos como tu...
Não me apetece ser diferente...e tu matas-me...ser deprimente.
Porque se não sabes que prefiro o acre do alperce....desaparece...
E leva contigo um pouco de luz, que bem precisas dela para te iluminar...eu...vou voar.
Eu posso ser um pássaro, uma folha, uma flor...e tu? por que ruas te passeias e a quem olhas nos olhos, quando estás triste?
Eu posso andar por becos, perdida em alamedas, mas sou eu que por aí ando, nesse mundo obscuro, nessas malhas em que me enredas.
Tu...quem serás?
Falas demais, e acusas-me de dizer demasiado....mas há pouco que me sirva de lição...quando quero entender o teu coração.
Como serás tu? com quem te pareces?
Podes ser filho de pais, de uma doença, da própria vida....mas nada te carrega ao colo...e tornas-te triste e irrelevante...
Eu posso ser filha da luz, do destino, ou da mesma vida que te fez criança...mas sei quem me carrega nos braços e quem me enche desta bem aventurança.
E então, quem são teus pais? Serão os medos, os desgostos, as inseguranças?
Porquê que dizes que me adoras, se, na tua raiva, me devoras e me queres tão mal?
Não te quero desiludir enquanto caminhas com a tua habitual pressa...mas também não ficava bem se não o dissesse....
Se não sabes que não gosto de pêssego e que prefiro o acre do alperce....desaparece....
Não tens nada de meu, não tens que estar na minha vida...
Eu levanto-me do chão e de cabeça erguida, percorro a minha viela até encontrar a avenida que me salvará da solidão.
Talvez um dia te veja por aí...a ti e a todos como tu....
E enquanto as palavras começam a fazer sentido e a juntar-se num papel, percebo que não é complicado seguir em frente e fazer-me igual a toda a gente.
Matas-te! Dizes-me quando digo que não me apetece ser diferente.
Tu já és diferente...
Enganas-te, ser deprimente.
Sou igual a todos, simples sincera, natural.
E não sei quem de nós dois vai ser o primeiro a ceder...no entanto não será dificil perceber que, no meu estado de espirito, não quero abdicar de mais nada...não te quero entender.
E eu sem ti posso ser tanta coisa...um pássaro, uma folha...uma flor.
E tu, vai-te embora de uma vez e leva contigo a dor.
Já não conheço as ruas escuras em que nos encontrámos, já não conheço o teu sorriso, parece-me um disfarce...
E se algum dia a saudade me atacar...é só ouvir o coração e esperar que passe.
Não penses que te quero mal. E se a tua consciência alguma vez te fizer pensar...lembra-te que sempre podes acender uma luz para te iluminar.
Entre nós dois há um abismo de gerações, de convivios, de emoções...querer ser diferente como tu, era entrar na minha nova estrada em contra mão. E, por acaso, haverá na tua estrada algum pássaro, alguma folha, alguma flor?
Sei que me vai custar não ter a tua imagem na minha linha do horizonte...mas ás vezes é melhor um planato do que precipitar-me sobre um monte.
Tu és o monte... eu quero a segurança. No entanto, enquanto tu existires haverá sempre esperança...que um dia te lembres de voltar.
Mas por enquanto, sinto muito, mas para além dos abismos que nos separam, não há nenhum vão para nos juntar....caminhamos em pistas opostas...
Mas se um dia me quiseres procurar, e encontrares uma desculpa para voltar, lembra-te que estou numa auto-estrada e para trás não posso andar...temos que caminhar a par.
Talvez um dia te veja por aí...a ti e a todos como tu...
Não me apetece ser diferente...e tu matas-me...ser deprimente.
Porque se não sabes que prefiro o acre do alperce....desaparece...
E leva contigo um pouco de luz, que bem precisas dela para te iluminar...eu...vou voar.
quarta-feira, maio 25, 2005
Idênticos
Meu amor!
Digo que te amo. E tenho que gritar isso, porque estás surdo, e não me ouves.
Grito bem alto, e peço-te perdão.
Desculpa, meu amor, por tanto te amar, só te mato o coração.
E onde estás tu quando te chamo? São palavras que te peço, mas que não dizes...como se te partisse o coração falar. E quando te falo, será que me queres, que te envergonhas?
Somos iguais, similar, pareilles...mas...não te sirvo, meu amor. Que outro amor te serviria, senão o meu, que se cala e se asfixia?
Desculpa-me, se te quero, e se te obrigo a fingir....ma são só palavras...não devem ferir.
Desculpa-me se te quero, por ter cruzado o teu caminho...desculpa.
Porque será que apenas outro amor te serve?
E quem sou eu...só alguém que te chama por te amar....
E se somos iguais, similar, pareilles, não devia custar tanto conquistar. Mas fechas o coração e sorris, frio, triste, passando-me esta dor que ainda hoje me assiste...sabes? não te quero magoar...
Se eu me podesse despir de mim...de certeza que não encheria os teus dias de tormentos...
As roupas são dificeis de tirar, tenho-as na pele, nessa mesma pele que trago colada a mim, com o teu cheiro. Esse cheiro que amo e q odeio...Esse amor tamanho que podia ser tão cheio...
Digo que te amo. Tu manténs-te mudo. Talves porque muitos são os que te amam....e os que to relatam .Meu amor, que tanto queria extinguir, porque não me deixas? Ou então dz-me que me amas...já que tanto amas...dizer que somos espiritos iguais, tão similar...pareilles.
Mas não, tu não me amas...por isso eu hei-de continuar, hei-de dizer que te amo, à espera que que um dia te enganes e o digas...devagarinho, simplesmente!Na esperança que seja eu a estar muda e que não me possas ouvir...E mesmo que um erro seja e que te arrependas logo depois, eu hei-de de sorrir, alegre, por saber que este amor, este querer, mudou os sentidos dos dois.
Eu estou muda e não posso gritar..tu estás surdo e não queres amar.
E o coração? onde fica entre nós dois?
Desculpa se por ter (tanto) coração..mato o teu amor...perdão...se algum dia te achei a mim...idêntico...similar, pareille..a palavra que a mim se aplica é, cruamente..ilusão.
Digo que te amo. E tenho que gritar isso, porque estás surdo, e não me ouves.
Grito bem alto, e peço-te perdão.
Desculpa, meu amor, por tanto te amar, só te mato o coração.
E onde estás tu quando te chamo? São palavras que te peço, mas que não dizes...como se te partisse o coração falar. E quando te falo, será que me queres, que te envergonhas?
Somos iguais, similar, pareilles...mas...não te sirvo, meu amor. Que outro amor te serviria, senão o meu, que se cala e se asfixia?
Desculpa-me, se te quero, e se te obrigo a fingir....ma são só palavras...não devem ferir.
Desculpa-me se te quero, por ter cruzado o teu caminho...desculpa.
Porque será que apenas outro amor te serve?
E quem sou eu...só alguém que te chama por te amar....
E se somos iguais, similar, pareilles, não devia custar tanto conquistar. Mas fechas o coração e sorris, frio, triste, passando-me esta dor que ainda hoje me assiste...sabes? não te quero magoar...
Se eu me podesse despir de mim...de certeza que não encheria os teus dias de tormentos...
As roupas são dificeis de tirar, tenho-as na pele, nessa mesma pele que trago colada a mim, com o teu cheiro. Esse cheiro que amo e q odeio...Esse amor tamanho que podia ser tão cheio...
Digo que te amo. Tu manténs-te mudo. Talves porque muitos são os que te amam....e os que to relatam .Meu amor, que tanto queria extinguir, porque não me deixas? Ou então dz-me que me amas...já que tanto amas...dizer que somos espiritos iguais, tão similar...pareilles.
Mas não, tu não me amas...por isso eu hei-de continuar, hei-de dizer que te amo, à espera que que um dia te enganes e o digas...devagarinho, simplesmente!Na esperança que seja eu a estar muda e que não me possas ouvir...E mesmo que um erro seja e que te arrependas logo depois, eu hei-de de sorrir, alegre, por saber que este amor, este querer, mudou os sentidos dos dois.
Eu estou muda e não posso gritar..tu estás surdo e não queres amar.
E o coração? onde fica entre nós dois?
Desculpa se por ter (tanto) coração..mato o teu amor...perdão...se algum dia te achei a mim...idêntico...similar, pareille..a palavra que a mim se aplica é, cruamente..ilusão.
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